Exercícios de Aquecimento Vocal
Relaxamento:
- Circular a cabeça para a Direita e para a esquerda
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
Exercício para relaxamento:
Obs. De forma suave, com baixa intensidade.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
Limpeza das cordas vocais e Fono-Articulação:
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
Para leitura lenta:
"E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos."
Cuidados com a voz
Períodos curtos de rouquidão em adultas geralmente não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atinge a laringe aonde estão localizadas as cordas vocais.
Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das cordas vocais.
A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo.
O tratamento destes casos conjuga exercícios fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade.
Em situações estressantes as pessoas podem perder complemente a voz.
Relaxamento:
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as meninas"
Aquecimento Vocal
Três Técnicas Básicas
Técnicas para os lábios
Esse exercício é feito com a vibração dos lábios. Para isso, deve-se levar os lábios à frente, elevando o diafragma, para que este sirva de apoio na execução do exercício. Os lábios devem ficar completamente relaxados, para que a passagem de ar entre eles faça-os vibrar. O resultado desta vibração, lembra a pronúncia conjunta das letras BR e poderíamos compará-lo a uma imitação do ronco do motor de uma moto.
Técnica da língua
Esta técnica é realizada com a vibração da língua, lembrando uma pronúncia exagerada da letra R. Para a execução desta técnica, também deve-se elevar o diafragma fazendo com que este proporcione um bom apoio. O som deste exercício nos faz lembrar uma hélice de helicóptero em movimento. Procure passear com estas técnicas por regiões graves e agudas de sua voz.
Técnicas com a letra M
Este exercício é feito para que, a princípio, a pessoa sinta a vibração da letra M internamente e, sobretudo, sinta esta ressonância na região das bochechas (caixa de ressonância da voz).
O efeito deste M interno nada mais é do que a própria preparação bocal que fazemos normalmente para que possamos pronunciar palavras que comecem com esta letra, porém, esta preparação será agora prolongada.
Para se produzir este M interno corretamente, deve-se cerrar os lábios e imaginar um espaço dentro da boca suficiente para caber uma bola de ping-pong. A ponta da língua deve estar em contato com os dentes frontais superiores e o som do exercício lembra a pronúncia do nº 1, porém prolongado e com a boca fechada.
É preciso tomar cuidado para que a vibração do som não se torne nasal, pois após um tempo de sustentação deste som, com o apoio da elevação do diafragma, a boca se abre lentamente na pronúncia da sílaba MO, prolongando-se o O.
Para uma boa execução deste exercício, sugiro um prolongamento de quatro tempos, marcados pausadamente, para a sustentação do M interno e mais quatro tempos para a sustentação da letra O.
Este M interior, é muito utilizado na forma de "mantra" (sons utilizados no processo de meditação, que possuem significados importantes nas religiões orientais) e o ideal é que seja pronunciado como forma de reflexão do som que todos nós possuímos e queremos aprender a usar.
Mais uma vez quero ressaltar a importância da elevação do diafragma. Para isso, você pode, a princípio, contrair a barriga, descontraindo-a gradativamente a medida que o exercício é realizado e o ar inspirado no início é solto.
Quando falo das bochechas com caixa de ressonância, é para conscientiza-lo que, trazer a vibração do som exclusivamente para a garganta é um "suicídio vocal" ou seja, um convite a rouquidão ou a aquisição de nódulos vocais, entre outros danos.
Por fim, quero colocar que estes exercícios servem como um aquecimento para as cordas vocais, como um início de utilização do diafragma e devem ser feitos descontraidamente, pois desta forma serão incorporados, assim como a ginga natural de um bom sambista.
Encadeamento dos Acordes
Para encadearmos dois acordes distintos na Harmonia instrumental, conduzimos as vozes como na Harmonia vocal. Estas devem sempre procurar o caminho mais curto até as vozes do acorde seguinte. No caso de existirem uma ou mais notas comuns entre elas, devemos conservá-las nas mesmas alturas. E quando não houver notas comuns, as vozes deverão caminhar em direção contrária à do baixo.
É importante notar que quintas e oitavas paralelas consecutivas, proibidas no estudo da Harmonia Vocal, resulta num efeito violonístico bastante explorado.
Exemplo: Niccoló Paganini em sua Sonatina em dó maior (1782-1840)
A Escala Maior e Seus Acordes
Construindo-se tríades sobre os graus da escala maior, obteremos o seguinte campo harmônico:
Analisando esse campo verificamos que o I, IV e V graus (Tônica, Subdominante e Dominante respectivamente) constituem tríades maiores. II, III e VI graus, tríades menores e o VII grau (Sensível), tríade diminuta.
Esquema do Campo Harmônico de Do Maior:
IV ---------I---------V (Tríades Maiores)
II ---------VI--------III (Tríades Menores - relativos)
Em notação de Harmonia Funcional:
S --------- T --------- D
Sr --------Tr --------- Dr
Outro exemplo:
Campo Harmônico de Fá Maior
As tonalidades, como colocado no estudo das escalas maiores, distanciam-se por intervalos de Quinta:
Do - Sol - Re - Lá - Mi, etc., e regressam por este caminho ao ponto de partida, dando uma idéia de círculo e constituindo o conhecido Círculo de Quintas:
No círculo de quintas, com o recurso de um ângulo de 60 graus, obteremos o campo harmônico de qualquer tonalidade desejada. Assim:
Campo harmônico de Do Maior:
Campo harmônico de Sib Maior:
Obs: O VII grau da escala, por tratar-se de uma tríade diminuta (5ª diminuta), envolvendo o trítono, exige um tratamento cauteloso no sentido de resolução da dissonância, o que será visto mais adiante.
A Escala Menor e Seus Acordes
Parte 1
A exemplo da escala maior, se construirmos tríades sobre os graus da escala menor, obteremos o seu campo harmônico:
Analisando estas tríades teremos: I, IV e V graus, tríades menores; III, VI e VII graus, tríades maiores e o II grau, uma tríade diminuta.
V eVI - maiores
I e IV - menores
II e VII - diminutas
Esquema do Campo Harmônico do modo menor:
IV <--- I ---> V (tríades menores)
VI <--- III ---> VII (tríades maiores - relativos)
Obs: O II grau, por tratar-se de uma corde diminuto, estudaremos mais adiante.
No sistema Tonal (sistema basado na disposição quase determinística das tríades consonantais), a cadência articula, pontua e garante sentido:
I - II - V - I ---> com acordes de Dominante e Tônica no estado fundamental) - cadência perfeita
I - V - I ---> cadência autêntica
I - IV - I ---> cadência plagal
I - V - VI ---> cadência interrompida
A cadência, ao mesmo tempo em que afirma a tonalidade, direciona o discurso.
(continua...)
A Escala Menor e seus Acordes
Parte 2
No modo menor, o V grau sendo um acorde menor, gera uma Dominante com menor força de atração para a tônica (provavelmente esta é também uma das razões da utilização da escala menor harmônica, pelos compositores).
O modo menor, vindo do Maior, é mais rico que o maior já que envolve 3 tipos
de escalas: eólia, harmônica e natural.
Construindo tríades sobre os graus da escala, utilizando os 3 modos menores,
encontraremos 13 acordes e não apenas 7 como no modo maior:
E encontraremos 16 acordes, se dilatarmos esta harmonia:
Quadro dos Graus da Escala Maior e Escala Menor em suas 3 versões
|
Tríades Maiores |
Tríades Menores |
Tríades Diminutas |
Tríades Aumentadas |
Escala Maior |
I - IV - V |
II - III - VI |
VII |
|
Escala Menor Natural |
III - VI - VII |
I - IV - V |
II |
|
Escala Menor Melódica |
IV - V |
I - II |
II - VI - VII |
III |
Escala Menor Harmônica |
|
I - IV |
II - VII |
III |
Exemplos de Encadeamentos
Aos encadeamentos procuraremos sempre:
a) O caminho mais curto entre as vozes;
b) As notas comuns;
c) As sensíveis (3ª e 7ª do acorde de Dominante [V]) caminharão da seguinte forma: a sensível tonal para a tônica e a sensível modal para a 3ª da escala;
d) No modo menor sempre colocaremos a Dominante maior (escala menor harmônica) para realçarmos o fenômeno tonal, exigindo a sua resolução na Tônica.